Nome: O Teorema Katherine
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 299
Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de
sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin
Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu
caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança
prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira
missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das
Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da
matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas
pessoas se conheçam. Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar
séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará
Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é
claro, vai ajaudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso que ele
espera.
Sou suspeita para falar dos livros do Green, tenho quase todos os livros do cara e sou completamente apaixonada por todos. Quando comprei O Teorema Katherine não sabia muito o que esperar, mas quando terminei de ler eu sabia que tinha me apaixonado por um livro novo.
O Teorema Katherine conta a história de Colin, um garoto prodígio (motivo pelo qual Colin é frustrado, um prodígio apenas aprende as coisas com maior facilidade, já os gênios criam coisas completamente inovadoras. Colin queria ser um gênio. Mas ele acaba de se formar no Ensino Médio e ao mesmo tempo leva o fora de sua 19º namorada, Katherine. Ele então decide criar um teorema que seria capaz de prever em um namoro qual dos dois terminará primeiro, seria o seu “Momento Eureca”. Hassan, seu melhor e único amigo decide então que ao invés de trabalharem no verão e se prepararem para a faculdade, eles deveriam fazer um viagem, sem rumo e essa ideia é o que os lança na estrada dirigindo o Rabecão de Satã.
E aqui já tenho minha primeira crítica ao John, parece que em quase todas as obras dele a trama é a mesma, tudo é tão clichê e batido que frustra um pouco. Tem sempre o garoto isolado e com poucos amigos (geralmente dois), que está afim da garota mais popular (que geralmente nem sabe que ele existe ou considera-o apenas um bom amigo) e que está sempre obcecado por alguma coisa, seja por uma aventura “o grande talvez” ou por se destacar “o momento eureca”. Enfim, isso é apenas uma observação crítica (ou crítica com observação).
Depois disso as coisas ficam muito engraçadas e divertidas, apesar de eu ter dito ali em cima que os livros do Green são todos muito iguais, O Teorema Katherine conseguiu fazer nosso João Verde sair da sua zona de conforto literária e fazer algo um pouco diferente, talvez seja por isso que eu gostei tanto desse livro.
Hassan e Colin se envolvem em situações inacreditavelmente engraçadas, e esse é um ponto positivo para o John, os coadjuvantes dos livros dele são tão engraçados que não consigo descrever em palavras. E esse é o caso do Hassan aqui, já pensou em ser o único melhor amigo de um garoto prodígio frustrado? Pois é.
“Não havia como negar o sorriso dela. Aquele sorriso era capaz de pôr fim a guerra e curar o câncer”
O livro conta com algumas notas de rodapé (que devo ser sincera, normalmente eu nem leio) mas por favor leiam essas porque são ótimas e continuam o raciocínio do livro, sério não ignorem (essa corrente) as notas do rodapé.
Outra coisa que eu preciso dividir com vocês, a questão da matemática... Pessoas, confiem em mim quando eu digo que é bem traquilinha, sério, palavra de estudante de humanas (se você for de exatas, parabéns, tiau) no final do livro até rola umas explicações sobre as formulas, tudo feito com a ajuda de um amigo matemático do Green.
“Ele gostava de todos os livros porque adorava o simples ato de ler. A magia de transformar os rabiscos de uma página em palavras dentro da cabeça”.
Resumindo, eu indico muito esse livro pra vocês que gostaram dos outros títulos do John Green (e pra quem nem sabe quem é esse também) prometo que não vão se arrepender.
Então é isso aí gente, espero que tenham gostado e até o próximo post.
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